Estão previstos dois parques eólicos para a Tocha
Agosto 31 2010
Nove aerogeradores de um investidor e cinco de outro é o que está previsto para dois parques eólicos a instalar na freguesia da Tocha.
Neste momento há dois promotores interessados em investir. Na reunião do executivo municipal de Cantanhede de 3 de Agosto, o vereador José António Pinheiro apresentou o Estudo de Incidências Ambientais (ElncA) de um deles: o Parque Eólico da Tocha, cujo promotor da infra-estrutura é a empresa Parque Eólico do Pinhal Oeste, S.A. O projecto encontra-se em fase de estudo prévio. Localiza-se junto à costa entre a Praia da Tocha e o Palheirão, desenvolvendo-se numa extensão aproximada de cinco quilómetros. Prevê a instalação de nove aerogeradores com uma potência nominal de 2 MW e a potência instalada total de 18 MW, a que corresponde uma previsão de produção média anual de 50 GWh.
25 milhões de euros em investimento
O investimento será na ordem dos 25 milhões de euros.
Além da instalação dos nove aerogeradores e respectivas plataformas de apoio, o projecto envolverá ainda a construção de uma linha eléctrica para ligação do parque à Rede Eléctrica Nacional na Subestação da Tocha (Barrins), que fará parte de projecto próprio a assumir pela EDP.
De acordo com informação do Parecer Sobre o Estudo de Incidências Ambientais que foi dado a conhecer na referida reunião do executivo, o projecto “localiza-se numa área sensível, nomeadamente num sítio da Rede Natura 2000 – “Dunas de Mira, Gândara e Gafanhas” – e também em área de Reserva Ecológica Nacional (REN).
Outro parque nas proximidades
No entanto, refere o mesmo documento, que foi apresentado na reunião do executivo municipal e que pode ser lido na acta, nas proximidades, a cerca de 2,5 quilómetros para sul, “está prevista a instalação de outro parque eólico, ainda em fase de estudo prévio, com 5 aerogeradores, promovido pela empresa ENERNOVA – Novas Energias SA”.
Ora, “dado que o projecto em análise tem menos que 10 aerogeradores e dista mais de dois quilómetros desse parque eólico projectado mais próximo, não está sujeito a uma Avaliação de Impacte Ambiental”, lê-se no relatório.
Contudo, o licenciamento de projectos que utilizem energias renováveis é sempre precedido de um procedimento de avaliação de incidências ambientais, a realizar pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional.
Entre outros aspectos, foi ainda referido que, a nível local, a implementação do projecto representará uma receita, estimada, para o município de 93.600 euros por ano, acrescida da verba de IRS.
Como tal, e depois de analisado o processo, a autarquia, por unanimidade, deliberou emitir parecer favorável ao Estudo de Incidências Ambientais (ElncA) do projecto do Parque Eólico da Tocha (Ventinveste).
O director do departamento de urbanismo considerou que será “de emitir parecer favorável ao EIncA, na convicção de que será possível compatibilizar o projecto com a área sensvivel onde será implantado”.
O DIÁRIO AS BEIRAS contactou a ENERNOVA – Novas Energias S.A., mas não obteve uma resposta até ao fecho da edição.
fonte:As beiras
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